A Seção de Investigações Gerais (SIG), com apoio da Delegacia Regional de Polícia de Naviraí e da Delegacia de Itaquiraí, elucidou o desaparecimento de C.T.O., de 42 anos, encontrado morto após ter sido brutalmente assassinado por W.A.S.S., de 28 anos. O caso chocou a população pela violência e frieza com que o crime foi praticado.

Segundo as investigações, o assassinato ocorreu na madrugada de 18 de outubro, quando a vítima deixou sua casa, no bairro Jardim Paraíso, dirigindo um Renault Sandero prata, sob o pretexto de buscar uma sobrinha do autor para levá-la até Dourados. Depois disso, não foi mais vista, levando familiares a registrarem o desaparecimento na delegacia.

Durante as diligências, os policiais descobriram que o suspeito foi a última pessoa a ter contato com a vítima. Câmeras de segurança registraram o carro chegando à casa dele por volta da meia-noite. Duas horas depois, apenas uma pessoa deixou o local com o veículo, sem que a vítima aparecesse novamente.

No dia seguinte, o investigado foi trabalhar em Itaquiraí dirigindo o carro da vítima e chegou a dizer aos colegas que o veículo era dele. Testemunhas confirmaram que ele usava o automóvel normalmente, inclusive oferecendo caronas.

Diante das contradições, o suspeito foi interrogado novamente e confessou o crime. Ele contou que a vítima se recusou a emprestar o carro, o que gerou uma discussão. Tomado pela raiva, o autor desferiu dois golpes de madeira na cabeça da vítima — o primeiro pelas costas e o segundo quando ela já estava caída.

Em seguida, arrastou o corpo até uma área de mato nos fundos da residência, próxima ao Córrego do Touro, e fugiu com o carro, que continuou usando nos dias seguintes.

No dia 20, ao perceber a repercussão do desaparecimento, o autor voltou ao local e tentou ocultar o cadáver, cobrindo-o com terra, folhas e galhos. Guiados pela confissão, os investigadores chegaram ao ponto exato e encontraram o corpo parcialmente enterrado, além do pedaço de madeira de 1,15 metro usado no crime.

O laudo apontou que a morte foi causada por traumatismo craniano provocado por instrumento contundente, confirmando a brutalidade da agressão.

O suspeito foi preso em flagrante por ocultação de cadáver e também indiciado por latrocínio. A Polícia Civil representou pela prisão preventiva, destacando a frieza e periculosidade do autor.

O veículo da vítima e a arma do crime foram apreendidos e encaminhados para perícia. As imagens de câmeras de segurança e os laudos periciais integram o inquérito conduzido pela 1ª Delegacia de Polícia de Naviraí, que segue investigando a possível participação de outras pessoas.