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Notícias / Mato Grosso do Sul

12.06.2025 às 09:12

Com 74 óbitos, BR-163 "retoma" o título de "rodovia da morte" em Mato Grosso do Sul

Desde 2017, quando os investimentos na via pararam por parte da CCR, esse é o maior número de mortes no Estado

DAIANY ALBUQUERQUE Correio do Estado

A BR-163 sempre foi conhecida por ser a “rodovia da morte”, pela grande quantidade de óbitos ocorridos na via, porém, desde que ela foi entregue à iniciativa privada, em 2014, houve uma drástica redução nas colisões.

Entretanto, no ano passado, a BR-163 apresentou o maior número de mortes em colisões desde 2017, ano em que a concessionária, a CCR MSVia, paralisou os novos investimentos em Mato Grosso do Sul.

De acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), de janeiro a dezembro de 2024, 74 pessoas morreram na BR-163 em MS, em 865 acidentes registrados nos 845,9 km da rodovia federal no Estado.

Esse número representa um aumento de 15,6% em relação ao ano anterior, quando 64 pessoas perderam a vida em colisões na BR-163.

Pelos dados da PRF, os dois últimos anos foram os mais letais da rodovia desde que ela perdeu os investimentos da concessionária que venceu o leilão em 2014, concorrência vencida pelo grupo CCR, agora chamado de Motiva.


Em 2017, inclusive, quando os investimentos haviam acabado de cessar, foram 62 mortes em 877 acidentes – ou seja, em um número maior de colisões, menos pessoas morreram em comparação com 2024.

Antes de receber todos os investimentos da concessionária, de janeiro a julho de 2014, reportagem do Correio do Estado da época mostrou que, apenas nesse período, ocorreram 64 mortes na BR-163.

Atualmente, a rodovia federal conta com pouco mais de 150 km de duplicações, valor mínimo pelo contrato antigo para que a empresa começasse a cobrar pedágio.

O fim dos investimentos, como mostram os dados da PRF, foi determinante para que, pelo menos a partir de 2020, as mortes voltassem a subir na BR-163 em MS, passando de 38 em 2018 e 41 em 2019 para 51 no ano seguinte.

A paralisação nos investimentos se deu porque, na época, a então CCR afirmou haver um desequilíbrio no contrato de concessão e solicitou mudanças no texto. Entretanto, dois anos depois, em 2019, o grupo decidiu que entregaria a rodovia, para que ela fosse relicitada novamente.

Desde então, a empresa só tem feito intervenções pontuais, como obras de tapa buraco. Ela seguiu responsável pela rodovia por meio de aditivos assinados com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que permitiram a correção do valor do pedágio.

NOVO CONTRATO
A previsão é de que, neste ano, os novos investimentos na BR-163 em MS já sejam iniciados, fruto do novo contrato que deve ser assinado no dia 1º de agosto, como mostrou o Correio do Estado nesta semana.

A esperança é de que essas novas obras contribuam para que essa crescente possa voltar a cair, assim como no período em que os investimentos eram recorrentes na rodovia.

Pelos dados da nova parceria, firmada entre o governo federal e a Motiva, ex-CCR, a empresa não será mais obrigada a duplicar a totalidade da rodovia. Serão 203 km de novas duplicações, além da instalação de 150 km de terceira faixa. O total do investimento em 29 anos de concessão será de R$ 16,5 bilhões.

RANKING
A BR-163 é uma das vias mais perigosas do País, segundo dados do Anuário da PRF divulgados em maio. No ranking das 10 rodovias federais onde mais ocorreram mortes, a via que passa por Mato Grosso do Sul é a quarta com mais óbitos.

Em 2024, foram 240 pessoas que perderam a vida nos 4.476 km da rodovia, que vai de Tenente Portela, no Rio Grande do Sul, a Santarém, no Pará.

Isso significa que o trecho de Mato Grosso do Sul é um dos mais perigosos da rodovia, uma vez que em apenas 845,9 km ocorreram 74 mortes ou 30,8% do total, isto é, de todos os acidentes com mortes pela extensão da BR-163. A parte que cabe ao Estado, porém, é referente a somente 18,8% da via.

 

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