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Notícias / Capital

12.03.2025 às 13:36

Corregedoria da UFMS irá apurar estupro cometido por professor contra aluna em Campo Grande

Aluna foi estuprada durante uma festa

Thatiana Melo Midiamax

A Corregedoria da  (Universidade Federal de ) irá apurar os fatos que implicaram um professor condenado por estuprar  uma aluna durante uma festa acadêmica. A jovem na época com 22 anos estava dormindo em um dos quartos da casa quando foi abusada pelo professor.

De acordo com a UFMS, na época do crime, em 2016, não foi aberto um PAD (Procedimento Administrativo Disciplinar) para apurar  a denúncia feita  pela acadêmica por “não estar claro o suficiente os indícios de ilícitos cometidos.”. A aluna estava embriagada quando foi estuprada. 

Em nota a UFMS disse que: “Mediante a sentença proferida pela Justiça Estadual, a reitoria da UFMS determinou no dia de hoje, com base em parecer da sua Procuradoria Federal, a revisão do ato administrativo exarado em agosto de 2016, que havia definido pela não apuração dos fatos pela UFMS. A Corregedoria realizará o procedimento para a completa apuração de responsabilidade do servidor.”.

 

Estuprada em festa acadêmica

“Foi muito sofrido, mas estou aliviada porque existe Justiça”. Esse é o desabado da agora ex-acadêmica da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) que foi estuprada pelo seu próprio professor e orientador durante festa em uma república.

Ele foi condenado nesta semana a 8 anos de prisão em regime semiaberto, 9 anos após cometer o crime, pela juíza May Melke Amaral Siravegna. O autor também deverá pagar uma indenização de R$ 30 mil por danos morais. A decisão é em primeira instância, ou seja, cabe recurso. Enquanto isso, o professor segue dando aulas na UFMS.

A aluna, na época com 22 anos, estava dormindo em um dos quartos da república quando foi abusada pelo professor. Durante a festa, a aluna ingeriu bebidas alcoólicas e começou a passar mal.

Nisto, amigas que já tinham percebido um comportamento estranho do professor, que durante a confraternização passava as mãos pelo corpo da vítima, visivelmente embriagada, foram ao socorro da jovem, a levando para um dos quartos da casa para que ela pudesse descansar.

No entanto, o professor foi atrás e, ao perceber que a acadêmica estava no cômodo sozinha, entrou e trancou a porta. Uma das amigas percebeu a ausência do professor e foi atrás da amiga no quarto, quando viu que a porta estava trancada.

Ela chamou as amigas, que começaram a bater. O professor saiu em seguida. Quando entraram no quarto, a jovem estava chorando desorientada e sem as roupas íntimas. As amigas deram banho na vítima e perguntaram se lembrava do que havia ocorrido, e ela dizia que não.

“Eu não queria acreditar no que havia ocorrido comigo”, disse a mulher, que hoje está com 31 anos. Para o Midiamax, ela contou que após tanta exposição, já nem acreditava mais que seria feita Justiça.

“Depois de tantos anos a Justiça chegou”. Ela contou ainda que na época pensou em desistir de processar o autor do crime, mas que teve apoio de outros professores e amigos.

Professor ‘da galera’

O professor é considerado ‘da galera’ na faculdade. Segundo Kezia Gomes de Miranda, advogada da vítima, as alunas relataram que ele seria o ‘típico esquerdomacho’. “É aquele tipo que abraça, beija, dá carona, tem relacionamento aberto. Com isso, ele vai ganhando espaço, tentando se aproximar dos jovens e das meninas”, contaram as testemunhas.

Logo depois do crime, já no dia seguinte, o professor passou a mandar várias mensagens marcando um encontro com a jovem porque precisava conversar. Neste encontro em um estacionamento de uma lanchonete, o professor disse para a aluna tomar pílula do dia seguinte, mas enfatizou que não havia praticado conjunção carnal.

“Fiquei sem acreditar no que estava acontecendo. Era uma pessoa em que eu confiava”, disse a mulher. Na época do encontro com o professor no estacionamento, ela teria dito a ele que estava inconsciente e que ele se aproveitou. Tudo negado pelo autor.

A vítima procurou a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) para  denunciar o caso. “Passaram ‘pano’ para o professor e não fizeram nada”, conta. Depois do crime, ela se mudou de cidade e anos depois de país.

“Até hoje faço terapia e é difícil até para eu me relacionar com outras pessoas. Fica um trauma muito grande”, finaliza.


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